segunda-feira, 23 de abril de 2012
Fé na medida certa!
Porque,
pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais
do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da
fé que Deus repartiu a cada um. (Romanos 12.3)
Infelizmente,
apesar do visível crescimento do evangelho em nosso país, a fé ainda é
um assunto muito mal compreendido pela maioria dos cristãos. Com
freqüência tenho encontrado pessoas confusas a respeito da fé. Meu
objetivo neste estudo, não é falar de conceitos fundamentais da fé, e
sim levá-lo a atentar para alguns detalhes importantes que vão lhe fazer
encontrar a fé na medida certa.
Segundo
o ensinamento do apostolo Paulo, Deus repartiu uma medida de fé para
cada um de nós. Muitos estão dizendo: É aí que está o problema. A minha
fé é insuficiente! É exatamente isso que quero esclarecer. Se Deus
repartiu a fé com seus filhos, conhecendo o caráter Divino, não posso
acreditar que Ele tenha me dado cinco metros de fé, e para você ele
tenha dado apenas cinco centímetro. As escrituras relatam que nosso Pai
não trata seus filhos com desigualdade.
E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; (Atos 10.34)
Na realidade
todos nós já nascemos com a semente da fé em nosso coração. Apesar disso
uma grande parte da humanidade desconhece tal semente, e vivem como se
ela não existisse. É como se você me desse um punhado de sementes, e eu
as guardasse em uma gaveta ou armário. O fato de eu não lançar aquelas
sementes na terra impedem que elas germinem e produzam frutos. Não que
elas não tenham capacidade de produzir. Mas enquanto não entrarem em
contato com a terra, seu potencial produtivo estará adormecido. É isso
que tem acontecido com nossa fé. Embora Deus tenha nos dado uma medida
justa, preparada para suprir as nossas necessidades, aparentemente ela
parece fraca e desqualificada. Enquanto não colocarmos nossa fé em
contato com a Palavra, ela permanecerá estéril.
E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. (Romanos 10.17 RA)
A fé vem, pela
pregação da palavra. Como nos contos infantis que a princesa espera o
beijo do príncipe para que o encanto seja quebrado, quando damos ouvidos
às sagradas escrituras despertamos a fé, e descobrimos a força que ela
possui.
Há
outro ponto importante a ser esclarecido. Costumo comparar à fé a
musculatura existente no corpo humano. Todas as pessoas saudáveis têm a
mesma composição muscular. Você pode discordar comigo, lembrando-me dos
halterofilistas, que tem músculos gigantescos, comparados as nossos,
porém quero enfatizar que estes atletas não nasceram assim, mas as
combinações de uma alimentação balanceada, e de uma rotina de
exercícios, alcançaram tal desempenho. Se eu e você, aplicarmos as
mesmas medidas em nossa rotina diária, também poderemos atingir um
desempenho, igual ou até melhor do que eles.
Era disso que o apóstolo Pedro estava tratando quando escreveu sua segunda epístola:
Simão
Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé
IGUALMENTE PRECIOSA pela justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo.
(2 Pedro 1.1)
Eu vibrei o
dia que entendi essa palavra. Ainda mais vindo de um homem que teve
tanta fé que foi capaz de andar sobre as águas. Veja que Pedro estava
equiparando a sua fé com a nossa! Eu digo nossa porque esta epístola é
chamada universal, ou seja, foi escrita a igreja de todos os tempos. Se
você que está lendo este estudo pertence à igreja de Deus, esta palavra é
diretamente dirigida a você. Espero que você esteja vibrando como eu.
Pode ser que sua fé esteja longe de ser como a de Pedro, mas a partir de
agora você tem a consciência de que você pode chegar lá. Se você está
passando uma fase difícil na vida, este é o melhor momento para
desenvolver o potencial de sua fé. Talvez antes desta luta, sua vida
espiritual era sedentária, tornando você um obeso, inchado, porém fraco.
Mude seus
hábitos a partir de hoje. Entre no programa de desenvolvimento da fé da
academia do Espírito Santo. Alimente-se da palavra diariamente, várias
vezes ao dia, não reclame do peso das adversidades. Agindo assim você
alcançará a fé na medida certa!
Os
quais, pela fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram
promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo,
escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram força, na batalha se
esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos. (Hebreus 11.
33,34)
sexta-feira, 13 de abril de 2012
CRÔNICAS DA VIDA!
CRÔNICAS DA VIDA! :.
Era o seu último dia de vida, mas ele ainda não sabia disso! -
Naquela manhã, sentiu vontade de dormir mais um pouco. Estava cansado porque na noite anterior fôra se deitar muito tarde. Também não havia dormido bem. Teve um sono agitado. Mas logo abandonou a idéia de ficar um pouco mais na cama e se levantou, pensando na montanha de coisas que precisava fazer na empresa.
Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente. Não prestou atenção no rosto cansado nem as olheiras escuras, resultado das noites maldormidas. Nem sequer percebeu um aglomerado de pêlos teimosos que escaparam da lâmina de barbear.
“A vida é uma seqüência de dias vazios que precisamos preencher”, pensou enquanto jogava a roupa por cima do corpo.
Engoliu o café e saiu resmungando baixinho um “bom-dia”, sem convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se oefereciam para um beijo de despedida. Não notou que os olhos dela ainda guardavam a doçura de mulher apaixonada, mesmo depois de tantos anos de casamento.
Não entendia por que ela se queixava tanto da ausência dele e vivia reivindicando mais tempo para ficarem juntos. Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de vida da família, não estava? Isso não bastava?
Claro que ele não teve tempo para esquentar a carro nem sorrir quando o cachorro, alegre, abanou o rabo. Deu partida e acelerou. Ligou o rádio, que tocava uma antiga canção de Roberto Carlos, “detalhes tão pequenos de nós dois…”.
Pensou que não tinha mais tempo para curtir detalhes tão pequenos da vida. Anos atrás, gostava de assistir ao programa de Roberto Carlos nas tardes de domingo. Mas isso fazia parte de outra época, quando podia se divertir mais.
Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos. Ficou sério quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o neto e o convidou para almoçar. Ele relutou bastante : sabia que iria gostar muito de estar com o neto, mas não podia, naquele dia, dar-se ao luxo de sair da empresa. Agradeceu o convite, mas respondeu que seria impossível. Quem sabe no próximo final de semana?
Ela insistiu, disse que sentia muita saudade e que gostaria de poder estar com ele na hora do almoço. Mas ele foi irredutível : realmente, era impossível.
Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava totalmente lotada, e era muito importante começar logo a atender seus compromissos, pois tinha plena convicção de que pessoas de valor não desperdiçam seu tempo com conversa fiada.
No que seria sua hora do almoço, pediu para a secretária trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava de um check-up, mas isso ficaria para o mês seguinte. Começou a comer enquanto lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde. Sequer observou o tipo de lanche que estava mastigando.
Enquanto relacionava os telefonemas que deveria dar, sentiu um pouco de tontura, a vista embaçou. Lembrou-se do médico advertindo-o, alguns dias antes, quando tivera os mesmos sintomas.
Estava na hora de fazer um check-up. Mas ele logo concluiu que era um mal-estar passageiro, que seria resolvido com um café forte, sem açúcar.
Terminando o “almoço” – se é que podemos chamá-lo assim – escovou os dentes e voltou à sua mesa. “A vida continua”, pensou. Mais papéis para ler, mais decisões para tomar, mais compromissos a cumprir. Nem tudo saía como ele queria.
Começou a gritar com o gerente, exigindo que este cumprisse o prometido. Afinal, ele estava sendo pressionado pela diretoria. Tinha de mostrar resultados. Será que o gerente não conseguia entender isso?
Saiu para a reunião já meio atrasado. Não esperou o elevador. Desceu as escadas pulando de dois em dois degraus. Parecia que a garagem estava a quilômetros de distância, encravada no miolo da terra, e não no subsolo do prédio.
Entrou no carro, deu a partida e, quando ia engatar a primeira marcha, sentiu de novo o mal-estar. Agora havia uma dor forte no peito. O ar começou a faltar… a dor foi aumentando… o carro desapareceu… os outros carros também… Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da rua, as luzes do teto, tudo foi sumindo diante de seus olhos…
Ao mesmo tempo em que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem. Era como se o videocassete estivesse rodando em câmara lenta. Quadro a quadro, ele via a esposa, o netinho, a filha e, umas após outras, todas as pessoas de que mais gostava.
Por que mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o neto? O que a esposa tinha dito à porta de casa quando ele estava saindo, hoje de manhã? Por que não foi pescar com os amigos no último feriado?
A dor no peito persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo : a do arrependimento. Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte, a da coronária entupida ou a de sua alma rasgando.
Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de seus olhos escorreram lágrimas silenciosas.
Queria viver, queria ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha, brincar com o neto… Queira… Queria… Mas não havia mais tempo…
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